terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

[RL] Quem é Lucy Parsons? A mitologização e a re-apropriação de uma heroína radical. (Casey Williams)

História do anarquismo, feminismo e anarcofeminismo.

Compartilhamos a tradução do texto Quem é Lucy Parsons? A mitologização e a re-apropriação de uma heroína radical, de Casey Williams pela Rusga Libertária, organização anarquista de Mato Grosso integrante da Coordenação Anarquista Brasileira.


É o que se segue.

***

Estamos compartilhando aqui nosso primeiro trabalho de tradução. Queremos deixar claro que estamos passíveis de erros em alguns trechos, o material ainda passa por uma revisão mais minuciosa. Resolvemos publicar pelo tempo que ficamos pendentes em compartilhar esse material traduzido. Que fala um pouco da vida de uma importante anarquista norte-americana, Lucy Parsons. Estamos abertos para sugestões e revisões solidárias.
Forte Abraço e boa leitura!
______________________________________________________________________________
QUEM É LUCY PARSONS? A MITOLOGIZAÇÃO E A RE-APROPRIAÇÃO DE UMA HEROÍNA RADICAL.*
Casey Williams 
*Anarcho-Syndicalist Review número 47, Verão, 2007. Colaborador: CREAGH Ronald. Por citar essa página: WILLIAMS, Casey. “Whose Lucy Parsons? The mythologizing and re-appropriation of a radical hero”. Edição: 23 de Dezembro de 2007. [Online].
Parsons Lucy portrait
    Como uma anarquista radical, Lucy Parsons dedicou mais de sessenta anos de sua vida a lutar pela classe trabalhadora norte-americana e pobre.1 Uma oradora habilidosa e escritora apaixonada, Parsons desempenhou um papel importante na história do radicalismo norte-americano, especialmente no movimento operário da década de 1880, e permaneceu uma força ativa até sua morte em 1942. A única pergunta da qual ela nunca se desviou foi “como levantar a humanidade da pobreza e desespero?”.2 Com essa questão impulsionando o trabalho de sua vida, Parsons foi ativa em uma infinidade de organizações radicais, incluindo o Socialist Labor Party (Partido Socialista Trabalhista), a International Working People’s Association (Associação Internacional das Pessoas Trabalhadoras) e a Industrial Workers of the World(Trabalhadores Industriais do Mundo). Paralelamente com seu longo envolvimento no movimento trabalhista norte-americano, estava sua solida visão de uma sociedade anarquista, filosofia que era a base de sua crítica às instituições econômicas e políticas opressivas dos Estados Unidos da América.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

[FAG] Não se intimidar, não desmobilizar! Toda nossa solidariedade ao companheiro Vicente!


Janeiro de 2015, às vésperas da retomada das lutas contra o aumento das passagens e em defesa de um transporte 100% púbico em Porto Alegre, recebemos a notícia da sentença dada ao companheiro Vicente, militante da FAG e lutador social do Bloco de Luta pelo Transporte Público de Porto Alegre. Vicente está sendo condenado a um ano e meio de prisão por dano ao patrimônio público e crime ambiental, “crimes” que teria cometido em Abril de 2013 durante uma manifestação do Bloco de Luta em frente a Prefeitura de Porto Alegre. Trata-se da primeira condenação em Porto Alegre e para nós uma clara tentativa de intimidar e colocar medo no conjunto de lutadores e organizações que estão rearticulando as lutas nesse início de 2015. Um expediente político e histórico utilizado pelos setores dominantes de nossa cidade e de todo o mundo: o encarceramento dos que se levantam. Não nos desmobilizaremos e a nossa solidariedade será militante e nas ruas!!!


E a criminalização continua…

O fato de a condenação nos ter sido comunicada apenas uma semana antes do primeiro protesto do ano do Bloco de Lutas pelo Transporte Público é tudo menos uma obra do acaso ou de um processo regular do poder judiciário. Inicia-se o ano e ao mesmo tempo se começa a mexer nos processos que estavam tramitando desde 2013: adicionando nomes à alguns, novos crimes à outros. O processo neste contexto busca ter o mesmo efeito de uma bala de borracha ou de uma bomba de efeito moral: uma tentativa de intimidar e freiar as lutas nas ruas que ousam questionar os lucros dos empresários e os conchavos já evidente das empresas com os poderes públicos.