CRISE PRA QUEM? E AFINAL, QUAL CRISE?
Alta nos impostos, nos preços, nos juros, no sacolão, no supermercado, nas tarifas… Mais uma vez, somos nós trabalhadores que estamos pagando pela crise, enquanto os bacanas de sempre continuam com seus privilégios intocados. Curioso os bancos quebrarem recordes de lucro, não? Aí fica a pergunta: crise pra quem?
É sempre assim: a crise vem, o governo se preocupa em blindar os grandes grupos financeiros e os seus aliados, garantindo-lhes o lucro e a fortuna, enquanto deixa para nós os cortes, os ajustes, o papel de economizar e de se virar. Em momentos de crise, a corda sempre arrebenta para o nosso lado.
Mas a crise é ainda maior. Para além dessa crise econômica, estamos vivendo uma verdadeira crise de direitos no país governado pelo suposto “Partido dos Trabalhadores”. O governo e o legislativo estão determinados a prosseguir com as “medidas de ajuste” e os cortes de direitos (o conhecido “ajuste fiscal”). Apesar de parecerem que estejam um contra o outro, o congresso e o governo estão em perfeita sintonia quando o assunto é a defesa dos interesses dos seus aliados e daqueles que os financiaram para estarem em Brasília.
SITUAÇÃO, OPOSIÇÃO, PT, PMDB, PSDB… QUAL A DIFERENÇA?
Do lado do executivo, o PT mentiu nas eleições descaradamente. Falou que não iraia mexer nos direitos, e mexeu. Falou que iria ter uma postura de esquerda, diferente do PSDB, e está tendo exatamente a mesma postura do PSDB, neoliberal e de direita. O governo, como de praxe, está usando a crise para implementar um pacote de medidas de austeridade que deve ser combatido. Cortes, em investimentos, programas sociais e direitos trabalhistas, mais impostos, congelamento de salários…
Já do lado do legislativo, o congresso segue tão afiado quanto. A oposição está fazendo de forma irresponsável a política do “quanto pior, melhor” pra atingir o governo Dilma, mas que atinge mais ainda o povo trabalhador. Esse é o perfil nefasto da oposição (PSDB, DEM, setores do PMDB e o resto da corja).