Coordenação Anarquista Brasileira (CAB)
Desde
seu início, a Copa do Mundo foi desastrosa para os setores oprimidos do
país. Sua elaboração já indicava a forte censura que sofreriam todos
aqueles e aquelas que estão no caminho contrário de suas ações. A Copa,
com suas leis e regimentos colocou em situação de risco os precários
direitos dos povos do Brasil. A lista de situações de opressões é
gigantesca e o desfecho de sua estadia aqui, deixa um “legado
assombroso” em termos de criminalização e perseguição política que
demonstra a verdadeira face do Estado e do capital.
Sabemos
que as críticas que foram feitas a este megaevento surgem com as
insatisfações da população em geral e certamente estas insatisfações
encontram abrigo maior no seio dos mais oprimidos. A violência contra a
pobreza, que já era prática constante dos governos e suas polícias se
intensifica neste período e as comunidades padecem nas mãos de uma
aparato repressivo e assassino, a população de rua se torna muito mais
vulnerável à agressões daqueles que “defendem a ordem”, os ambulantes,
os trabalhadores informais são atacados e roubados pela “fiscalização
Estatal” para que não possam macular as grandes patrocinadoras e as
grandes marcas, as 250 mil famílias que perderam suas casas por contras
das obras da Copa também estão sofrendo fortes consequências por parte
desta política desenvolvimentista.