O COMPA solidariza-se através desta com os povos indígenas em sua luta pelo direito à terra.
A questão da terra no Brasil, e no mundo, tem tomado proporções cada vez maiores e mais violentas.
As forças do capital, sempre movidas pela sandice do poder político e
econômico não veem barreiras e a todas e todos querem esmagar de modo
cruel. São indiferentes ante o assassinato de pessoas de todas as
idades, são insensíveis à diversidade de culturas, são frios ante a
necessidade de conservação da natureza. Neste sentido podemos dizer que
os valores do capital são contrários aos valores da vida.
No Brasil sentimos isso de diversos modos, seja na cidade, seja no campo, seja na floresta.
A especulação imobiliária e as indústrias na cidade, o agronegócio e a
mineração nas áreas de campo e floresta mostram suas garras monstruosas
por onde passam. O rastro de sangue e de dor se espalha cada vez mais.
Exemplo cruel disto é a PEC 215 – que transfere a demarcação das terras indígenas do poder executivo para o legislativo.
Somos contra tal medida e fazemos voz aos que consideram essa medida
como mais uma declaração de inimizade e guerra do governo do PT aos
povos originários.
Somos contra o genocídio instaurado contra diversas nações por
fazendeiros e madeireiros e aqui, lembramos de modo supremo os Guarani
Kaiowá.
Entendemos que as leis são apenas capas que encobrem as lutas reais.
Parlamentos, representantes e leis jamais impediram – e, na imensa
maioria das vezes, não só possibilitaram como incitaram – que fôssemos
explorados e oprimidos, que fôssemos desautorizados, escravizados e
mortos. A lei é aquilo que sempre foi: expressão institucional da ação
já existente do mais forte.
A verdadeira soberania dos povos indígenas sobre suas terras se dará
somente com o fortalecimento de suas organizações e suas coletividades. O
direito à defesa deve sobrepujar as leis brancas e burguesas. Todas as
formas de expressão e resistência contra a violência são justas e
legítimas!
No entanto, consideramos que a demarcação de terras – expressão mínima
de segurança destas populações e garantia legal de seu direito de
autodefesa – torna-se mais viável na pressão das populações indígenas
sobre a figura do presidente da república que sobre os parlamentares.
Entendemos também que sobre populações fragilizadas a instância legal tem grande valia.
Isso não significa confiança nas instituições, mas o fortalecimento das
conquistas advindas da construção e das lutas empenhadas pelo poder dos
“de baixo”.
Neste sentido, a união dos “de baixo” mostra-se não somente importante, mas imprescindível! A esta união damos o nome de PODER POPULAR!
CONTRA A PEC 215!
VIVA AS LUTAS DOS POVOS INDÍGENAS!
VIVA O PODER POPULAR!
VIVA AS LUTAS DOS POVOS INDÍGENAS!
VIVA O PODER POPULAR!
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