Belo Horizonte, 11/08/2011
REVOLTAS EM TODOS OS CONTINENTES: ESTE É O SÉCULO XXI, DA DISSIMINAÇÃO VELOZ DA INFORMAÇÃO E, NA MESMA PROPORÇÃO, DA REBELIÃO DAQUELES QUE SEMPRE SOFRERAM NA HISTÓRIA. ESTE É O SÉCULO XXI, NO QUAL A DIREITA INSISTE EM AFIRMAR QUE “REVOLUÇÃO É COISA DO PASSADO
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DA REVOLTA DO OPRIMIDO BRITÂNICO

Existe uma política de higienização social que é fruto do capitalismo e assola toda a população pobre, principalmente moradores de comunidades e favelas. Essa higienização compreende reprimir as classes baixas e, quando necessário, executar essas pessoas indesejáveis em benefício da classe dominante. Isso não é radicalismo, é um fato que existe e vem crescendo paralelamente com as desculpas de “crescimento do crime organizado” e "investimentos na segurança pública para combatê-lo". Este argumento leva a população a acatar a violência policial, o domínio e vigilância do Estado sobre as individualidades das pessoas, maior controle da população, ou seja, domínio sobre o povo, tornando este uma uma "cria" própria. O Estado como assume o papel de pastor, e o povo o de ovelhas domesticadas.
Os conflitos na Inglaterra são reflexos de políticas segregatórias e mascaradas, com a falsa boa intenção de “busca pela paz social”; são consequências da constante humilhação dos oprimidos; são a resposta deles, já cansados da realidade capitalista.
O ministro britânico David Cameron, fez uma declaração prometendo que não deixará que a "cultura do medo se instale nas ruas". Ora, que cultura do medo seria esta? Será mesmo que os trabalhadores, desempregados, negros, jovens pobres e desabrigados que estão lutando pela sua sobrevivência, estão sendo atingidos por uma “cultura do medo”? Essas ações violentas são justamente consequência de uma "cultura do medo" que existe e sempre existiu no capitalismo – e na história da humanidade -; do medo imposto pelo Estado, pelos empresários, burgueses, banqueiros, militares, clero, latifundiários, enfim: pelos detentores do capital, da grande mídia, das terras e principalmente da culturlização de nossa classe. Se hoje há uma "cultura do medo", ela é direcionada aos senhores, aos ricos opressores que a cada dia que passa, se amedrontam mais, diante das revoltas que estão nascendo em todo o mundo: América Latina, Ásia, Europa, África e Oriente Médio. Eles insistem, por meio da mídia corporativista, que revoltas populares são coisas passadas; que o espírito revolucionário morreu com a URSS; mas o século XXI está provando o contrário: os povos estão se organizando e lutando por sua emancipação e soberania de fato.
É natural que estejam com medo, pois suas regalias baseadas na expropriação, submissão e exploração estão com os dias contados.
O M.A.L declara solidariedade à resistência que se espalha pela Inglaterra. Todo poder ao povo inglês!
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DA REVOLTA CHILENA
Outra revolta que se destaca é a chilena. Mais de 100 mil pessoas marcham pelas ruas que um dia foram palco de outras combativas inssureições contra o ditador militar Augusto Pinochet, que por anos oprimiu o povo chileno defendendo os interesses burgueses, militares e reacionários.
De manifestações pacificas à combates violentos com o choque da polícia, estudantes revolucionários ocupam as ruas, se impõe e provam que o poder popular é o único meio viável para a verdadeira liberdade.

O M.A.L se solidariza aos insurgentes chilenos, que merecem, além da vitória social imediata, um mundo novo onde não existam mais estas maldições capitalistas que lhe destroem a paz, saúde e vida. Viva os rebeldes chilenos e de todo o mundo!
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DA MÍDIA CORPORATIVISTA MANIPULADORA
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Companheiro Thomaz do MAL-BH na Marcha da Liberdade |
Anarquistas sempre criticaram a mídia corporativista, uma vez que está atrelada intimamente à burguesia e, por isso, sua função é conformar e alienar o povo e criminalizar as lutas populares e movimentos sociais, organizações políticas revolucionárias, agitações sociais e políticas, greves, manifestações etc.
É importante para o anarquista, ajudar o povo a se desprender das correntes que o aprisonam no pensamento conformista do senso comum.
Atualmente, em nossa grande mídia, as notícias e roteiros possuem em comum três princípios básicos:
1) Deturpar as agitações ativistas e, com isso, afastar o espectador da revolta
2) Mascarar a realidade, mostrando-a de maneira equivocada, e provocar a apatia social
3) Bestializar o povo e massificar culturas inúteis, que têm a função de eliminar a consciência crítica, social e política das pessoas
Com essa breve análise e várias outras que muitos camaradas já fizeram antes desta, baseados na crítica à imprensa burguesa, temos uma base concreta para, além de não acreditarmos, sentirmos demasiada revolta quando escutamos noticiários sobre protestos de resistência, como é o caso extremo da Inglaterra, no qual a imprensa está descaradamente atacando com todos seus tentáculos a inssureição revolucionária das massas exploradas.
Tenhamos cuidado com o pseudo-libertário discurso de "liberdade de imprensa", que alguns setores da mídia burguesa insistem em reinvindicar. A atual censura vem de dentro, da mesa do editor chefe, das tendências reacionárias desta instituição inimiga dos movimentos sociais, dos pobres, dos trabalhadores... A propóstio: nossa inimiga!
"Chamam de violentas as águas de um rio que tudo arrastam; mas não chamam de violentas as margens que as aprisionam" - Bertold Brecht
Extra:
Entrevista na TV Globo News, com uma postura inesperada do entrevistado (o sociológo Silvio Caccia Bava) que desafia a linha editoral e os repórtes do programa que tentam tendenciar a entrevista, apoiando a revolta dos insurgentes ingleses.
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