segunda-feira, 21 de novembro de 2011

75 anos da morte de Buenaventura Durruti



Em 20 de novembro de 1936, há 75 anos, durante a intensa luta revolucionária que se espalhara por todo o território espanhol, Buenaventura Durruti estava sendo assassinado próximo ao Hospital Clínico, em Madri.

Durruti, em sua morte, portava, além de uma velha mala com algumas roupas pessoais, uma pistola e uma caderneta, o espírito sincero revolucionário, a esperança em seu coração, a luta como virtude.



Buenaventura Durruti foi inegavelmente um dos maiores expoentes do socialismo libertário de todo o mundo, um militante que dedicou sua vida à luta revolucionária, desde suas ações individuais, passando pelo grupo Los Solidarios, que, junto a Ascaso e Oliver, combatiam pistoleiros assassinos à serviço do latifúndio e do capital, o Estado e a burguesia com a mesma força armada a qual estes vos submetia, chegando a ser um grande norteador da revolução espanhola, na qual o povo triunfou durante meses, coletivizando a produção e o mercado, vencendo tropas franquistas e capitalistas nos campos e nas cidades.

Infelizmente, por alguns erros estratégicos do proletariado revolucionário, por alianças entre Igreja / Estado / Fascismo / Nazismo e "traições" dos stalinistas, que, além de aparelharem a luta, assassinaram centenas de anarquistas e socialistas, o povo espanhol viu a estrela do comunismo libertário esmaecer. Viu a esperança de um mundo novo, livre, que estava sendo construído e vivido, serem sucumbidos pela reação.

Durruti vive, e vive também cada trabalhador assassinado na guerra civil espanhola, assim como cada trabalhador assassinado no mundo em toda a história da humanidade! Somos Durruti, somos os mártires de Chicago, somos Makhno e a Makhnovtchina, somos os trabalhadores da comuna de paris, somos Zapata, somos Flores Magón, somos as mulheres combativas e convictas que lutaram nos frontes populares espanhóis, desafiando o machismo, o capitalismo e o stalinismo, somos as mulheres trabalhadoras do mundo, somos todas e todos revolucionários, somos a classe trabalhadora!

Organizemo-nos para, além de resistirmos aos tentáculos da exploração capitalista e estatal, o que é e sempre foi urgente, para também não deixamos cair centenas de anos de lutas que companheiras e companheiros nossos protagonizaram na nossa história, que construíram a sociedade a qual vivemos, ainda fundada pelo capital todavia já com conquistas populares fundamentais! Seria inclusive vergonhoso menosprezarmos tais conquistas as quais gozamos sem dar continuidade à luta e à resistência, sem trabalharmos fielmente pelo mundo novo que temos direito de vivê-lo!

A luta continua. Enquanto houver o capital, não haverá a igualdade. Enquanto houver o capital, resistiremos. Enquanto houver a desigualdade, Buenaventura Durruti viverá!

“Carregamos um mundo novo em nossos corações, que cresce a cada instante. Neste exato instante ele está crescendo”
                                                                                                                      Buenaventura Durruti 

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